Dois meses após a morte de Ney Latorraca, o inventário do ator foi aberto e confirmou suas intenções de deixar parte de sua herança para o Hospital São Julião de Campo Grande, instituição que ele visitou e apoiou por mais de 30 anos.
De acordo com informações do colunista Ancelmo Gois, o Leprosário Campo Grande, que é o nome histórico da instituição, herdarão um apartamento na Zona Sul do Rio de Janeiro e as cotas da Latorraca Produções Artísticas Ltda. Embora a notícia tenha sido recebida com entusiasmo pelo hospital, a entidade ainda não foi oficialmente notificada sobre os detalhes da herança.
O inventário foi aberto pelo viúvo do ator, Edi Botelho, junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. A doação inclui também outros bens, entre eles propriedades e valores destinados a diferentes instituições de caridade. Ney Latorraca tinha um vínculo afetivo com Campo Grande, pois sua família materna viveu na região por muito tempo. Ele demonstrou um forte interesse em apoiar a causa da hanseníase no Brasil, tendo declarado em vida que desejava destinar parte de sua herança para instituições que cuidassem de pacientes com essa doença.
Além da doação ao Hospital São Julião, o inventário também confirma que Latorraca deixou bens para outras instituições. Por exemplo, foram alocados apartamentos para o Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS e ao Retiro dos Artistas. O ator também deixou um valor significativo para a ABBR (Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação) e outros bens para iniciativas sociais.
A instituição de Campo Grande, que aguarda ansiosamente uma notificação oficial sobre os detalhes da herança, mantém esperança de que os desejos do artista sejam plenamente realizados e que sua contribuição beneficie os necessitados.
